quinta-feira, 21 de abril de 2011

Minha realidade inventada.


Inventei que era bailarina, sorri, dancei, cansei-me.  Inventei que vivia em um mundo onde tudo era colorido, as pessoas não eram fingidas e não existia o mal. Percebi que ninguém dava valor a paz que se tinha, pois não existia nenhuma vez a guerra para perturbá-la. 
Inventei que estava solteira, para ver o gosto que tinha, descobri que estar sozinho não possui gosto nenhum além do eco do vazio.
Inventei que era forte, que nunca choraria, que estaria sempre ali. Descobri que por traz de quem se faz forte, existe a criança, frágil, escondida querendo se fazer sentir. E chorei. Chorei por não gostar do que eu própria inventei. Descobri que todo mal é necessário. Só existe valor à luz pelo medo da escuridão tomá-la. Somente  sabe o que é dor quem já sentiu-a. somente dá-se o valor merecido a um sorriso quem já sabe como é doloroso quando nada, nem ninguém nos consegue fazer sorrir sinceramente.

Hoje, nessa noite em que tudo parece mais sombrio, invento-me feliz. Apesar de não estar, realmente. Hoje em que tudo parece mais frio e nada parece ter solução, escrevo para aliviar o excesso, retirar de mim o que acho de mais nobre: a escrita. Hoje, em que lágrimas  teimam em cair de mim, espero não ter de derramá-las amanha, afinal, se amanhã não for um dia melhor, reinvento-me novamente, serei feliz, ainda que por dentro esteja em cacos, pois a verdade é que mentiras sinceras nos permitem enfrentar a dor de maneira mais suave, sutil...

2 comentários:

Mell Renault disse...

Querida, muito obrigado por sua visita. Aqui já é um canto onde venho buscar alma, sopro de vida e inspirações!

Adooreiii tudo aqui também!

Um carinho meu,
Mell

2edoissao5 disse...

dizem que só aprendemos a viver quando sabemos nos reinventar...

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